PEU - UFBA
PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO
SOBRE O GRUPO DE PESQUISA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO (PEU)
Produção do Espaço Urbano é um grupo de pesquisa que engloba os Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Bahia, voltado, principalmente, para as questões urbanas e suas dinâmicas. Seus objetivos centrais são: analisar o reconhecimento dos principais agentes da produção espacial em Salvador, considerando a relevância de suas ações na definição das formas e funções de cada lugar da cidade, estudando-a a partir da lógica de sua Região Metropolitana; estudar as formas de uso e apropriação do solo, bem como a análise socioeconômica da população, tendo sempre como diretriz a análise do local para o global; compreender as dinâmicas pelas quais a cidade se estrutura ou desestrutura – os processos que vêm ocorrendo nas últimas décadas, decorrentes, principalmente, de transformações regionais, nacionais e globais.
Cabe ressaltar que o referencial teórico de base das pesquisas do PEU fundamenta-se nas teorias e nos conceitos de Milton Santos, sempre com posicionamentos críticos, análises empíricas, levantamentos bibliográficos, o que vem gerando produções acadêmicas e de extensão.
O grupo foi formado, em 1997 fortalecendo-se a partir do ano 2000 e, desde então, sua dinâmica de produção é constante, materializando-se em capítulos de livros, apresentação de pesquisas em encontros nacionais, dissertações de mestrado, além da promoção de encontros, seminários e diversos eventos acadêmicos. Das suas três linhas de pesquisa, a primeira intitula-se “Espaço Urbano de Salvador e sua Região Metropolitana”, abrangendo os estudos das dinâmicas urbanas, com trabalhos voltados para a compreensão da lógica dos planejamentos urbanos, as constantes alterações no cotidiano e nas características socioeconômicas de sua população, sempre analisando o local e o global. A segunda linha é focada nas “Memórias Geográficas”, que visa a reconstruir os primeiros passos da Geografia no Estado da Bahia a partir da recuperação da memória do Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais da Universidade da Bahia e do Instituto de Geociências, a importância de Milton Santos na pesquisa de Geografia na Bahia e sua trajetória ao longo dos anos. A terceira linha, “Geografia, literatura e arte” intenta estabelecer as relações entre este tripé e vêm despertando interesse crescente entre os estudiosos destes campos do conhecimento.
SOBRE A BOLSA MILTON SANTOS
A ideia de instituir uma Bolsa Milton Santos surgiu de um desejo do Professor, de incentivar estudantes de Geografia carentes a participarem de projetos de pesquisa acadêmica. Pouco depois seu falecimento, em 2001, sua viúva, a professora Marie-Hélène Santos, colocou em pratica seu desejo em parceria com o grupo de pesquisa Produção do Espaço Urbano (PEU), do Departamento e Mestrado em Geografia da Universidade Federal da Bahia. Iniciou-se sob a liderança dos Professores Maria Auxiliadora da Silva, Clímaco Dias, Rubens de Toledo Junior e Denise Magalhães. Hoje o professor Rubens está em outra universidade, e o grupo ganhou mais dois professores: Marco Antônio Tomasoni e Claudemiro Cruz Neto.
A primeira bolsa foi concedida no ano de 2002 e, desde então, vinte e seis bolsas para os cursos diurno e noturno de graduação em Geografia já foram distribuídas. Atualmente são cinco bolsistas.
As bolsas seguem os parâmetros de instituições como o CNPq e a FAPESB – inclusive de avaliação e renovação –, proporcionando aos estudantes a oportunidade de se engajarem e de se aprimorarem na pesquisa. Com isso, os objetivos idealizados pelo professor Milton Santos têm sido cumpridos, pois essa experiência em pesquisa tem contribuído para o crescimento acadêmico e profissional dos estudantes, o que se revela no fato de esses alunos, sem exceção, se candidatarem ao mestrado ou a concursos em órgãos estaduais, federais e municipais, alcançando sempre os primeiros lugares. A bolsa também prevê auxilio aos estudantes para inscrição em eventos acadêmicos e ajuda de custo em viagens, fora de Salvador. Todos os bolsistas têm seus trabalhos publicados em forma de artigos, capítulos de livros, e os apresentam em eventos científicos nacionais.